segunda-feira, 2 de maio de 2016

Blog novo, endereço novo

Olá, pessoal! Quanto tempo, não?
Bem, muitas coisas aconteceram na minha vida desde minha última postagem. Continuo morando na Suíça, mas me tornei mãe! E em meio à maternidade e a toda rotina nova, criei um blog novo para falar de tudo o que já falava por aqui e mais um pouco. Então agradeço sua visita e convido você a conhecer o blog Viagens de Mãe. Tem viagem, vida na Suíça, maternidade e muita história pra contar... Espero você por lá! www.viagensdemae.com

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Roma: sexto e último dia*

Roma foi simplesmente uma viagem inesquecível! O último dia não nos reservava muito tempo – nosso voo era no meio da tarde, o que nos deixava apenas a parte da manhã para passeio. Fizemos então uma visita fora dos roteiros e dos guias. Uma dica preciosa de uma amiga que, como eu, é apaixonada por Roma e, de todas as vezes que visitou a cidade, ficou maravilhada com o turismo religioso que o lugar oferece. E foi essa amiga querida quem me falou da Tre Fontane (ou Três Fontes), uma igreja pra lá de especial e com uma história fantástica.

Como disse, ela não consta nos roteiros e guias mais populares. Para chegar até lá, pegamos a linha azul do metrô em direção à Laurentina (parada final). De lá, usamos o google maps e as dicas da minha amiga. Há duas quadras da estação, fica uma grande avenida e nela você vai andar (e muito) até chegar a um grande muro que abriga a entrada – totalmente arborizada – da Tre Fontane (quando você começa a chegar mais perto, as placas surgem sinalizando, o que facilita um pouco).

O lugar é calmo e a igreja em si é bem pequena, sem nada de extraordinário. Quero dizer, não é nenhum monumento como as patriarcais que visitamos nos dias anteriores. No entanto, ela tem sim algo de extraordinário relacionado à sua história e aos mistérios da fé. De acordo com a história, ali teria sido o lugar onde São Paulo foi decapitado. Os registros contam que a cabeça de Paulo, ao ser separada de seu corpo, quicou três vezes no chão. Nesses três lugares, nasceram três fontes (daí o nome Tre Fontane). E ali, onde as fontes brotaram, construíram a igreja. É um lugar simplesmente mágico de se visitar. Mistérios da fé e do amor de Deus. Uma visita de arrepiar...



Duas das três fontes
Coluna do martírio de São Paulo










Voltamos para o hotel maravilhados e agradecidos por esse último passeio. Antes de pegarmos as malas e seguirmos para o aeroporto, uma pausa para um gelatto, por favor. No aeroporto, nos despedimos de Roma ainda com uma deliciosa pizza e aquele gostinho de quero mais. Ah, mia bela Itália! Eu volto! E voltei... Mas ainda quero voltar mais! Arrivederci e grazie, Roma mia!

Por enquanto é só, amigos... Relembrar Roma me bateu uma saudade danada... #querovoltar #romalinda. Até a próxima e... Voilà!
*Viagem realizada entre os dias 17 e 22 de abril de 2014. 


Quinto dia*: Cascia de Santa Rita

Toda a viagem para Roma tinha esse objetivo: realizar um sonho de menina. Sou nascida em uma cidade chamada Cássia que tem como padroeira Santa Rita, a Santa das causas impossíveis. Cresci ouvindo as histórias da vida da Santa e cultivei por ela uma grande devoção. Para tudo, TUDO em minha vida, peço a intercessão de Santa Rita. E sempre sonhei conhecer a cidade em que ela morou e o convento onde ela viveu, passar por onde ela passou. Conhecer o verdadeiro cenário das histórias que ouvia quando criança, tanto em casa como nas missas e na catequese... Deus me presenteou com um marido que, sabendo desse sonho, programou para nós essa linda viagem! E nesse post divido um pouquinho dessa experiência com vocês.

Não tenho como descrever a emoção que foi chegar a Cascia. Mais emocionante ainda ver o corpo incorrupto de Santa Rita, visitar o mosteiro, ouvir novamente sua história (mesmo sendo em italiano, dessa vez), caminhar por onde ela caminhou... É impossível que as fotos revelam o que senti... Mas foi mágico! Tão mágico que dois meses depois eu voltei para levar minha família (vou contar isso futuramente).

Bem, nesta nossa primeira ida à Cascia, nos aventuramos de carro mesmo. GPS em mãos e lá fomos nós! Dirigir em Roma é uma aventura – aviso para quem quiser fazer qualquer passeio saindo de lá com o carro. O trânsito é intenso e os italianos são bem, digamos, apressadinhos. Mas sobrevivemos à tensão. A estrada que usamos também foi bem tensa, com muitas curvas (descobrimos, dois meses depois, outro caminho mais agradável). Mas acho que cada detalhe foi importante para chegar ao destino e ver meu sonho realizado. Foi um dia de muitas bênçãos e alegrias. Deixo as fotos que mostram um pouquinho dessa emoção. E a história de Santa Rita para aqueles que, por acaso, não a conhecem. Voilà!





História de Santa Rita (resumo tirado do site http://www.igrejaparati.com.br)

Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora. Desde jovem, Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre, mas de temperamento excessivamente violento.  Ela suportou pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele tinha muitos inimigos, foi assassinado. A viúva suportou a dolorosa perda, perdoando os assassinos. Porém, crescia em seus filhos o desejo de vingança. Rita pediu que Deus os levasse, pois seria melhor que outra tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre para dedicar-se a Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas Agostinianas da cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então, ela transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das religiosas. Uma noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua porta e uma voz lá de fora dizia: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e viu em sua frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas estarem fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois desapareceram. A superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina. As religiosas decidiram por unanimidade que a viúva fosse recebida. Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração. Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo.    Um dia uma parente foi visitá-la, ela agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe trouxesse algumas rosas do jardim. Como era inverno e não tinha rosas, pensaram que Rita estava delirando e sua visitante não ligou para seu pedido. Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e morreu em 22 de Maio de 1457. No dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa.

Mais sobre a vida e história de Santa Rita em:

*Viagem realizada entre os dias 17 e 22 de abril de 2014. 

Domingo de Páscoa em Roma – quarto dia*

Pode parecer loucura ir para Roma em plena Páscoa. Mas digo com conhecimento de causa: vale muito a pena! Roma é uma cidade que está sempre lotada. Na Páscoa, ela só fica um pouco mais. Mas nada que seja desesperador. Como planejamos tudo com bastante antecedência, não tivemos surpresas. E católica que sou, quis logo assistir à Missa de Páscoa em pleno Vaticano com ninguém menos que o Papa Francisco.

É claro que a missa estava lotada, mas em momento algum eu imaginei que fosse diferente. Ficamos um pouco surpresos com o fato de que chegamos lá às 8h da manhã – para a missa que seria às 10h – e já encontramos a Praça São Pedro praticamente lotada. Além disso, fiquei um pouco chateada com o fato de que havíamos pegado no dia anterior as entradas para a missa e elas não fizeram diferença alguma (detalhe: depois de todo um processo feito pela internet, fax, correio e uma grande fila para a retirada). Na hora do “vamos ver” mesmo, essas entradas foram figurantes, pois as pessoas entravam com ou sem o bilhete e para o mesmo lugar. Enfim, fiquei um pouco frustrada, mas logo passou. Afinal, eu ia ver o Papa! E o Papa Francisco!



A missa começou no horário e foi simplesmente linda! A gente se sente em um pedacinho do céu e nem vê o tempo passar. Veio então o esperado momento: o passeio do Papa pelo papamóvel. Como era um dia de movimento maior, ele não parou como o de costume. Além disso, o tempo ameaçava chuva. Mesmo assim foi um momento emocionante e indescritível. Consegui vê-lo bem de perto e filmar (o vídeo está na fanpage do blog, acessem!). Na sequência, a bênção com indulgência plenária! Foi muita graça para um único dia! Sou grata a Deus por cada momento ali vivido!





Sair da Praça São Pedro após a missa é um grande desafio e requer paciência. Por isso uma dica preciosa: tenha sempre uma garrafinha d’água em mãos para não ter pressa e evitar o tumulto. Em abril, Roma já está com um clima mais quente e agradável e a água se torna mais do que necessária. Um chapéu também é bem vindo para evitar o excesso de sol no couro cabeludo. #ficaadica

De posse de um gelatto, caminhamos até o Castelo Sant’Angelo, que fica ali perto.  Lá está o corpo do Imperador Adriano, mas não entramos para visitar. Seguimos o passeio à procura de um lugar para almoçarmos. Paramos em algum restaurante no caminho e nos deliciamos com alguma massa. Vou aproveitar a deixa para um comentário pessoal: os guias turísticos, roteiros e blogs recomendam vários restaurantes, as melhores tratorias e blá blá blá... Bem, eu tenho um pensamento diferente: fujo dos restaurantes mega turísticos e não costumo me arrepender. Ainda mais na Itália, onde a culinária é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A em qualquer esquina. Conhecemos assim vários lugares deliciosos com bom atendimento e sem o tumulto excessivo de turistas em busca do melhor restaurante não sei das quantas. #ficamaisumadica


Depois do almoço, nos dirigimos à Piazza del Popolo (Praça do Povo). Como toda piazza de Roma, ela tem o seu charme. Mas fique atento com alguns passantes que vêm oferecendo rosas, ajudas turísticas e puxando papo (naquele dia, eles vinham desejar Feliz Páscoa). Tudo não passa de falsa simpatia para ver se ganham algum trocado.


Dali, fizemos um belíssimo tour religioso: completamos a visita nas quatro basílicas patriarcais (já tínhamos visitado a Basílica São Pedro e a Santa Maria Maior – ou Santa Maria Maggiore). Fomos então até a São Paulo Extramuros e também a San Giovanni Laterano (ou São João Latrão). Como elas não são próximas, usamos o metrô, mas tudo muito tranquilo. Ambas têm estações bem próximas. E como já disse em outros posts sobre a Itália, cada igreja desse país é um verdadeiro museu. Vale mesmo cada visita. De quebra, a gente ainda reza mais um pouco.

São Paulo Extramuros

São Paulo Extramuros

São Paulo Extramuros
San Giovanni Laterano

San Giovanni Laterano

San Giovanni Laterano
O dia estava no fim, mas ainda passamos pelo Circo Massimo e mais uma igreja: Santi Giovanni e Paolo. Essa última é uma capela antiga no alto de uma pequena colina, mas de clima bem aconchegante. Haveria ali um Concerto de Páscoa e pudemos ouvir parte do ensaio. Lindo, lindo!

Circo Massimo

Santi Giovanni e Paolo
Terminamos nosso dia cumprindo o roteiro com a nossa saga Hard Rock Cafe. Sim, estávamos na Itália e nada melhor do que a boa e tradicional massa, certo? Mas... temos uma saga que envolve conhecer os Hard Rocks ao redor do mundo, por onde passarmos. E lá fomos nós terminar o dia com chopp e costelinha barbecue... Arrivederci, amigos, e voilà!



*Viagem realizada entre os dias 17 e 22 de abril de 2014.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Roma na Páscoa - terceiro dia*

O terceiro dia era um sábado e estava reservado para o Vaticano. Como disse, planejamento é a chave para visitar Roma. A fila para entrar no Museu do Vaticano chega a dar voltas no quarteirão. Mas se você compra as entradas pela internet e marca seu horário de entrada, é possível evitar essa fila e ganhar bastante tempo nessa visita. Como li sobre isso em blogs, foi o que fizemos. Nossa visita estava agendada para 11h da manhã. A compra é muito simples, através do site http://biglietteriamusei.vatican.va/musei/tickets/.


O Museu do Vaticano abriga, na verdade, uma série de Museus. O lugar é enorme e visitá-lo inteiro leva, pelo menos, 3 horas, tempo esse que não tínhamos disponível. Como era sábado de Páscoa, a Basílica São Pedro fecharia a partir das 13 horas para as preparações para a celebração de Páscoa, no dia seguinte. Soubemos disso a caminho do museu, quando tentavam nos vender uma visita guiada que daria acesso direto à Basílica. Caso contrário, teríamos que sair do museu e enfrentar mais umas duas horas de fila, o que nos levaria a não visitar a Basílica naquele dia. Ficamos um pouco receosos em comprar essa visita guiada ali de fora. Além do mais, já havíamos comprado os ingressos para o museu e a tal visita guiada oferecida pedia mais 25 euros por pessoa. Recusamos e seguimos para a entrada do museu para aguardar nossa hora de entrada.

Ao entrarmos para a retirada dos nossos ingressos, solicitamos a visita guiada do próprio museu. Como estava tudo lotado, quando o atendente viu que éramos apenas dois, nos tirou de cabeça e nos ensinou o caminho que dá acesso direto à Basílica. Camaradagem italiana! E ainda nos disse: "Em um dia como hoje, não tem problema". Santo italianinho! 

Como disse, o Museu é enorme e visitá-lo inteiro, naquele dia, era impossível. Optamos então por um tour rápido, passando por salas que indicavam o caminho para a Capela Sistina, nosso objetivo principal. De lá, seguiríamos para a Basílica. Mesmo fazendo a opção de visita rápida, levamos quase uma hora e meia para chegarmos à Capela Sistina. Mas o caminho compensa. O museu tem um acervo maravilhoso e super recomendo uma parada no jardim. Pena que no dia estava chovendo, mas não deixamos de aproveitar para tirar fotos.







É claro que as fotos na Capela Sistina não são permitidas. Mas realmente foto alguma poderia traduzir a beleza da Capela e de todo o museu. Só fiquei um pouco decepcionada porque não há um ambiente de oração na Capela. É apenas um lugar para se visitar e ver o famoso teto pintado por Michelangelo. Deslumbrante, sim, mas você precisa se espremer nas demais pessoas que visitam o lugar e ainda ouvir alguém clamando o tempo todo por silêncio. Mas, é a Capela Sistina, certo?




De lá, seguimos as instruções do italianinho simpático da entrada e fomos direto para a Basílica São Pedro. Outra visita maravilhosa e impressionante.






Mesmo com a chuva, a praça já estava sendo preparada para o dia seguinte. E fotografar na Praça São Pedro não tem explicação. De qualquer ângulo, a visão é simplesmente linda. As colunas que estamos acostumados a ver pela televisão são ainda mais imponentes de perto. E a Basílica ao fundo, com a janela conhecida pelas aparições do Papa... simplesmente indescritível!







Quando terminamos a visita no Vaticano, estávamos famintos e fomos logo buscar um lugar para almoçar. Os restaurantes aos arredores do Vaticano são muito bons e de preços bem atrativos - principalmente quando comparamos com a Suíça, né? O lugar também é o ideal para as lembrancinhas, principalmente as religiosas - terços com imagem do Papa e afins.

Como voltaríamos ao Vaticano no dia seguinte para a Missa de Páscoa, voltamos para Roma para utilizarmos nossa última entrada em museu com o RomaPass. Escolhemos então a Galeria Borghese, lugar que abriga pinturas de personalidades como Caravaggio, Rafael, Da Vinci, entre outros. O museu fica na Vila Borghese e, mesmo com RomaPass, é bom reservar com antecedência. E é claro que as fotos são proibidas lá dentro, né?




Como ainda estava um tempo de chuva e o domingo seria longo com a Missa de Páscoa, optamos por um jantar novamente próximo do hotel para dormirmos mais cedo e renovarmos a energia para o dia seguinte, o Domingo de Páscoa. Então, até a próxima e voilà!

*Viagem realizada entre os dias 17 e 22 de abril de 2014.