Voltemos a falar sobre a Suíça! Hoje, vou contar como foi o
passeio em Genebra na companhia do Erich Ribeiro. Foi exatamente há uma semana,
dia que dei um break no blog que tinha acabado de começar. Mas foi por uma
boa causa e, como prometido, vou colocar aqui os passeios que fizemos. Já
mencionei Lausanne pelo fato de ter ido antes e também por ter sido o último
passeio com o Erich no dia que ele ia embora e que estávamos mega cansados.
Bem, cheguei à Suíça através de Genebra, mas eram 18h e
tinha acabado de enfrentar mais de 12 horas de voo. Não era o momento de
passear, não é mesmo? O Júlio foi me buscar e aproveitou que era um domingo
para dar uma volta pela cidade. Então ele nos deu algumas dicas quando Erich e
eu combinamos de nos encontrar lá para nosso primeiro tour (o Erich pegou um
voo direto London – Genève).
Saí de Vevey no trem das 8h26, precisamente, e uma hora
depois já estava na estação central de Genebra. Passados uns 40 minutos, o
Erich chegou e fomos guardar a mala dele num guarda-volumes da estação (ótima
opção para quem quer fazer um passeio de um dia, sem precisar se hospedar e
muito menos ficar carregando peso). E o sistema do guarda-volumes é muito
tranquilo e seguro, não tem erro.
Estão lembrados do City Guide que mencionei no post sobre
Lausanne? Pois é, mais uma vez ele foi nosso nem tanto fiel parceiro (mais
adiante vocês irão entender o porquê). É muito fácil encontrar os pontos
principais de Genebra saindo da estação central, pois está tudo perto. Claro,
quem vai fazer esse passeio tem que estar preparado para caminhar. Não é porque
é perto que você vai andar pouco. Muito pelo contrário! Caminhamos umas duas
quadras para nossa primeira parada: Basilica of Notre-Dame. Até agora, a única
igreja católica que encontrei por aqui. A construção é de 1850 com arquitetura
inspirada no estilo gótico do século XII (é o que diz o City Guide, ok?).
De lá, seguimos para o lago, local imperdível de caminhar de
acordo com o guia, considerando que um dos pontos mais turísticos também está
lá: o Jet d’eau (Water fountain ou, no bom português, jato d’água). Daqui a
pouco falo mais sobre ele. Também ali ao redor do lago ficam os famosos bancos
suíços, onde tenho certeza que muitos políticos brasileiros têm suas contas bem
gordas do nosso dinheiro.
Chegamos ao lago direto na Ponte Mont-Blanc, ponte que
divide o lado direito e o lado esquerdo dos bancos. E que dá uma vista
maravilhosa ao Jet d’eau. O Jato é o cartão-postal de Genebra. Ele atinge até
140 metros de altura, a 200 km/h. Agora, no verão, tem uma noite de fogos ao
redor dele que é considerada imperdível. Pretendo estar lá pra ver e depois
contar aqui, ok? Só preciso descobrir o dia certo desse tradicional show de
fogos.
Fizemos a caminhada ao redor do lago tão recomendada pelo
guia e contemplamos todas essas belezas, inclusive o Mont-Blanc, que pode ser
visto em dias claros (e o dia estava ensolarado!).
Depois de tirar as fotos, seguimos para o passeio na Old
Town. Simplesmente apaixonante! Muita subida e caminhada, mas vale a pena. Ruas
charmosas, construções lindas e uma pausa pra descansar e tomar um refresco,
paradinha que faz parte das viagens com o Erich. O menino anda, mas adora parar
pra abastecer!
Descemos na intenção de encontrar um lugar para almoçar, e
foi aí o vacilo do nosso dia. Um momento para ser esquecido, mas que precisa
ser dividido para que ninguém cometa o mesmo erro. Até chegarmos ao lago, ainda
caminhamos bastante pela Old Town. Chegando lá, os restaurantes charmosos ali
perto estavam todos lotados. O nosso amado City Guide mencionava um lugar para
comer próximo ao jato, do lado oposto dele, como se fosse algo interessante de
se conhecer. Seguimos a dica. Caminhamos muito, já passava das 14h e a fome
apertava. Chegamos ao sugerido lugar e não vimos nada, apenas uma guarita com
uma moça que recebia os tickets de entrada. Algumas pessoas entravam, então
pedimos informação à moça. Ela disse que se tratava de um tipo de clube e que sim,
havia lugar para comer lá dentro, mas tínhamos que pagar 2 francos para entrar.
Bem, por que não entrar? Tinha no guia, certo? Entramos. Realmente era um
clube, onde aparentemente os suíços aproveitam os dias de verão nas piscinas do
lago. Sim, tinha um lugar para comer. Mas não era nada convidativo, um
"bandejão" com o famoso PF (prato feito) que não tinha lá uma cara muito boa.
Olhei pro Erich, ele olhou pra mim e a decisão foi comer ali mesmo, apesar das
circunstâncias. Afinal, a fome era enorme, não tinha mais nada por perto e não
tínhamos forças para caminhar e encontrar outro lugar. E tinha cerveja (rsrs). Bem,
comemos enquanto a fome tava demais, porque logo não descia. E eu me lembrei da
comida até altas horas da noite, quando fomos jantar em um restaurante mais
digno em Vevey. A revolta foi tanta que nem tiramos foto do lugar!
Ficamos ali por um tempo, demos risada e concluímos que
aquele seria o episódio do dia. Afinal, que viagem sem alguma coisa que dá
errado tem graça? Meus amigos Marcelo e Lynn, ao lerem esse post, com certeza vão
se lembrar do Café do Rego, em Buenos Aires. O nome já dizia, mas tava no guia e
nós insistimos em ir. Não, eu não aprendi a lição. Mas valeu a experiência.
Depois disso, a única coisa a se fazer era voltar para a
estação e rumar para Vevey (tínhamos programado chegar aqui até umas 17h para
encontrar o Júlio e ver o que faríamos à noite). Ainda bem que o jantar em
Vevey colaborou, pois me lembrei por muito tempo daquele trágico almoço.
Bem, sobre Genebra, por enquanto é só. Trago depois o passeio a Montreux, que foi
simplesmente perfeito! Com muita caminhada, uma visita a um castelo histórico e
estátua do Freddie Mercury, mas sem almoço traumático! E voilà!