Vamos voltar a falar sobre a Suíça. Estive em Lausanne por
duas vezes (já!), e por isso decidi começar por essa cidade.
A apenas 15 minutos de trem saindo de Vevey, Lausanne é uma
das cidades mais populosas da Suíça (de acordo com dados de 2011, a quarta
maior cidade do país). Se alguém quiser mais dados geográficos e históricos,
recomendo consultar http://pt.wikipedia.org/wiki/Lausana,
pois não sou muito boa nisso e, se for colocar todos os detalhes aqui, o post
fica maior ainda (e eu já escrevo tão pouco... rsrsrs).
Bom, já disse aqui em outros momentos que a Suíça é um país
muito organizado. Tão organizado que às vezes dá até vontade de bagunçar um
pouco! Mas justamente devido a essa organização, eles têm um sistema de
cadastramento de estrangeiros pelo qual nós fomos submetidos, pois temos visto
de moradia e, por isso, temos um prazo para nos apresentarmos no país e
fazermos um cadastramento biométrico para recebermos um tipo de identidade. Sei
que o Brasil e outros países também têm isso, mas o daqui me impressionou. Pela
nossa localização, devíamos nos apresentar em Lausanne, por isso fomos até lá
no sábado seguinte da minha chegada. Nossa permanência no local durou apenas 15
minutos – tempo suficiente para deixarmos nossos dados, tirarmos foto, fazermos
o cadastramento biométrico, assinatura digital e pagamento das taxas. Para nós
dois! Tudo muito rápido e organizado, não esperamos nada para sermos atendidos
e fomos muito bem recebidos. Sistema invejável!
Como foi rapidinho e tínhamos o sábado livre, ficamos em
Lausanne para conhecer um pouco. E aí vai minha primeira dica: prepare-se para
caminhar e subir e descer morros! Andamos muito e não conhecemos nem um terço
daquilo que a cidade tem para oferecer. Mesmo porque não tínhamos pressa... é
muito fácil ir de Vevey para Lausanne e teremos muitas oportunidades nessa
temporada aqui. Por isso, saindo do local do cadastramento, paramos para umas
comprinhas e aproveitamos as soldes. Afinal, eu estava precisando muito de umas
roupinhas de calor. A Globus é ótima, pois você encontra de tudo por lá, desde
roupas e acessórios a eletrônicos e eletrodomésticos.
Depois seguimos um guia que o Júlio baixou para o Iphone. Vantagens
do mundo moderno: descobrimos vários aplicativos gratuitos com mapas e dicas
preciosas de passeio. Recomendo o City Guide, um aplicativo completo que situa
você no mapa e aponta os pontos turísticos que você tem por perto (e ele está
disponível para as mais diversas cidades). Seguindo as dicas desse aplicativo,
fomos primeiro para o centro da cidade, afinal estávamos bem perto. Ali
caminhamos um pouco, passamos pelas bancas da feirinha (era sábado e tinha
barraca de tudo quanto é tipo, desde frutas até comidas típicas) e tratamos de
parar para almoçar. Ali é o lugar ideal para fazer isso. Nessas ruas charmosas
do centro, o que não falta é restaurante e bistrôs recheados do requinte
europeu. Comemos um peixe delicioso, salada e batata – prato essencial na
Europa – e seguimos para o Château St-Marie. No caminho, pausa para foto na
porta de uma lojinha que vende de tudo para café, desde grãos e pó até canecas
e bules. Mas olha o nome do lugar:
A caminhada para o tal castelo é longa e cansativa (subida!)
e o lugar em si nem é tão impressionante. Valeu pela parada no Palais de
Rumine, que fica no caminho. Uma construção do século XIX que é sede para The Cantonal Museum of Fine Arts. Não
entramos, pois não era nosso objetivo para o dia, mas o prédio é maravilhoso e
pretendemos voltar especialmente para uma visita. É realmente um prédio
impressionante!
Como disse, o castelo em si não tem nada demais, a não ser
um relógio solar na parede lateral que comprovamos: funciona mesmo. De lá, seguimos para a Cathèdrale e para a
Église St-François, ambas construídas por volta de 1270 e vítimas da Reforma
Protestante. Não entendam mal o termo “vítimas” – não encontrei outra expressão
para explicar esse fato histórico.
Se você clicou no link que recomendei acima, já deve saber
que é em Lausanne que fica a Sede do Comitê Olímpico Internacional (COI). Se não
clicou, ficou sabendo agora! Bem, sendo sede do COI, a cidade tem também o
Museu Olímpico. Infelizmente ele está fechado para reforma até outubro desse
ano, o que não nos permitiu visitá-lo – ainda!
A Église St-François nos leva de volta ao centro, lugar das
lojinhas e dos deliciosos bistrôs. Andamos mais um pouco por ali e decidimos
caminhar novamente até o lago, pois preferimos retornar a Vevey de barco. Tá aí
uma coisa muito legal na Suíça: o transporte público funciona e é
diversificado. Aqui na região do Lago Genebra, onde quer que você esteja, tem a
opção de também fazer um passeio de barco. E pelo que li, em várias outras
cidades da Suíça isso também é possível. Fantastique!
A caminhada até o lago também é longa! Fazia 30 graus (isso
mesmo!) e valeu o sorvete antes de entrar no barco. Aliás, sorvete suíço
delicioso! Recomendo super! O retorno no barco leva bem mais tempo que o trem
(cerca de 50 minutos), é um pouco mais
caro, mas vale a pena! A paisagem é maravilhosa, o barco tem um bar/restaurante
delicioso e o passeio é, além de tudo, romântico! Nota: a foto do meu perfil no blog é exatamente do passeio de barco nesse dia.
Voltei a Lausanne com o Erich no dia 25/07, mas como
estávamos mega cansados (principalmente eu, que tinha uma dor na perna
insuportável), ficamos mais tempo nas imediações do lago. Chegamos lá super
tarde, então não conseguimos um restaurante sequer para almoçar (todos servem
almoço somente até 14h, e nós chegamos às 14h30, pois tive compromisso em Vevey
na parte da manhã). Paramos no restaurante do Hotel Chateau (lindo, por sinal)
e conseguimos comer uma salada. Depois do sorvete (não perderia a oportunidade
de tomar de novo), pegamos um ônibus
para o centro, por onde não andamos tanto assim. Mas valeu a paradinha em um bistrô
para uma Erdinger gelada! Depois disso, caminhada até a estação de trem, de
onde o Erich seguiu para o aeroporto de Genebra e eu voltei para Vevey.
As outras duas viagens na companhia do Erich virão em posts
seguintes, não percam! Os passeios a Genebra e Montreux foram simplesmente
perfeitos! Então, até o próximo post e... voilà!
Prezada comadre, prepare-se porque a mineirada meio goiana/candanga chegará por ai, quem sabe no começo do ano, e terá que fazer todo o percurso novamente.
ResponderExcluirNão terei problema nenhum em repetir os passeios, Murilo... Se todos que estão falando que vêm nos visitar realmente vierem, já vi que vou rodar essa Suíça várias vezes... Bom que vou selecionando as partes que mais gostar... rsrsrs
Excluir