Toda a viagem para Roma tinha
esse objetivo: realizar um sonho de menina. Sou nascida em uma cidade chamada
Cássia que tem como padroeira Santa Rita, a Santa das causas impossíveis.
Cresci ouvindo as histórias da vida da Santa e cultivei por ela uma grande
devoção. Para tudo, TUDO em minha vida, peço a intercessão de Santa Rita. E
sempre sonhei conhecer a cidade em que ela morou e o convento onde ela viveu,
passar por onde ela passou. Conhecer o verdadeiro cenário das histórias que
ouvia quando criança, tanto em casa como nas missas e na catequese... Deus me
presenteou com um marido que, sabendo desse sonho, programou para nós essa
linda viagem! E nesse post divido um pouquinho dessa experiência com vocês.
Não tenho como descrever a emoção
que foi chegar a Cascia. Mais emocionante ainda ver o corpo incorrupto de Santa
Rita, visitar o mosteiro, ouvir novamente sua história (mesmo sendo em
italiano, dessa vez), caminhar por onde ela caminhou... É impossível que as
fotos revelam o que senti... Mas foi mágico! Tão mágico que dois meses depois
eu voltei para levar minha família (vou contar isso futuramente).
Bem, nesta nossa primeira ida à
Cascia, nos aventuramos de carro mesmo. GPS em mãos e lá fomos nós! Dirigir em
Roma é uma aventura – aviso para quem quiser fazer qualquer passeio saindo de
lá com o carro. O trânsito é intenso e os italianos são bem, digamos,
apressadinhos. Mas sobrevivemos à tensão. A estrada que usamos também foi bem
tensa, com muitas curvas (descobrimos, dois meses depois, outro caminho mais
agradável). Mas acho que cada detalhe foi importante para chegar ao destino e
ver meu sonho realizado. Foi um dia de muitas bênçãos e alegrias. Deixo as
fotos que mostram um pouquinho dessa emoção. E a história de Santa Rita para
aqueles que, por acaso, não a conhecem. Voilà!
História de Santa Rita (resumo
tirado do site http://www.igrejaparati.com.br)
Santa Rita de Cássia ou Santa dos
Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu
em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por
pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por
sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo
da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para
instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora. Desde jovem,
Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse
sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre, mas de temperamento
excessivamente violento. Ela suportou
pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele tinha muitos inimigos, foi
assassinado. A viúva suportou a dolorosa perda, perdoando os assassinos. Porém,
crescia em seus filhos o desejo de vingança. Rita pediu que Deus os levasse,
pois seria melhor que outra tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre
para dedicar-se a Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas
Agostinianas da cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então,
ela transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das
religiosas. Uma noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua
porta e uma voz lá de fora dizia: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e viu em sua
frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido
negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas estarem
fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois desapareceram. A
superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina. As religiosas decidiram
por unanimidade que a viúva fosse recebida. Admitida noviça Rita começou a
trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu
corpo foi seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob
vigília e oração. Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de
Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um
espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se
vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo. Um dia uma parente foi visitá-la, ela
agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe trouxesse algumas rosas do
jardim. Como era inverno e não tinha rosas, pensaram que Rita estava delirando
e sua visitante não ligou para seu pedido. Como para voltar para casa teria que
passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que
se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu
as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito
doente e morreu em 22 de Maio de 1457. No dia seguinte, seu corpo foi colocado
na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa.
Mais sobre a vida e história de Santa Rita
em:
*Viagem realizada entre os dias 17 e 22 de abril de 2014.
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