Oi, pessoal! Que saudades de escrever aqui... A internet não
colaborou esses dias e fez com que a frequência de postagens não ficasse como
eu gostaria... mas vamos lá, ela finalmente voltou de férias e agora eu tenho
condições de retornar com minhas postagens. E essas últimas semanas estão recheadas
de acontecimentos dignos de relatos.
Bem, primeiramente vou comentar sobre o aluguel de carros na
Suíça, pois mencionei por alto no post dos Fogos de Genève, mas não tive a
chance de falar tudo aqui.
Como já mencionei, optamos por não ter carro aqui em Vevey,
pois, pelo menos por enquanto, não estamos vendo necessidade. Tudo é perto,
caminhar pelas ruas da cidade é uma delícia e o transporte público funciona. Sem
contar que as despesas com carro aqui são bem diferentes do Brasil. O seguro é
obrigatório (e não é nada barato), as garagens são pagas e, por causa do
inverno, é preciso ter dois tipos diferentes de pneu, pois quando neva o pneu
comum não circula. Com tanto trabalho pra se ter um carro e os benefícios de
não se ter, optamos pelo não.
Mas em alguns momentos o carro se faz necessário, certo? Foi
o caso do final de semana que começamos a mudança. Os móveis nós compramos e
contratamos a entrega. A montagem vocês acompanharam um pouco como foi (nós montamos
tudo!). Mas todo mundo que já montou uma casa sabe que não só de móveis ela
sobrevive. Panelas, pratos, toalhas, roupa de cama, edredons (muito necessários
daqui uns dias), travesseiros... enfim, muitas miudezas precisavam ser
adquiridas, já que não trouxemos nadinha do Brasil. E convenhamos que carregar
isso tudo em sacolas no trem nos forçaria a ir às lojas umas 5 vezes, no
mínimo. Então, alugamos um carro para o final de semana. Pegamos no sábado de
manhã e devolvemos assim que chegamos de Genève, vocês já vão entender o
porquê.
Bem, fizemos a reserva com bastante antecedência (no final
de semana anterior tentamos alugar na sexta e não havia carros disponíveis
mais) e no sábado de manhã fomos até lá retirar. Tínhamos recebido uma senha
para a retirada e um colega brasileiro havia nos adiantado a maneira.
Simplesmente inacreditável! Bem, chegando ao local, você se depara com uma
caixinha, tipo caixa de correio, onde você digita a senha recebida. Ao digitar
a senha, um dos compartimentos da caixinha se abre e lá está a chave do carro
que você vai usar com uma etiqueta contendo a placa. Depois você se dirige ao
estacionamento – que é aberto, localiza o carro, e lá dentro está o contrato de
locação com os campos de vistoria que você mesmo irá preencher. Dá pra
acreditar? É muita confiança no consumidor, concordam? Ficamos admirados! E o
Júlio já alugou carro em outros países e nunca foi assim.
Pra completar nossa alegria, tínhamos alugado o carro mais
barato, o mais simples possível. No Brasil, quando você aluga o carro mais
simples da locadora, pode esperar um carro popular 1.0, sem ar condicionado e
sem nenhuma “frescura”. E não paga barato não. Aqui, o carro mais barato custa
68 francos a diária, e nos deparamos com um Renault Clio super bonitinho – modelo
que não chegou ao Brasil – todo equipado: ar condicionado, direção hidráulica,
GPS integrado, vidro elétrico... até piloto automático o danado tinha.
Fizemos nossas comprinhas, lotamos o porta-malas e o banco
de trás, trouxemos em casa e aproveitamos o carro pra ir assistir aos fogos de
Genève. O passeio pela estrada valeu a pena também, pois como já tínhamos visto
de trem, a paisagem ao redor é sempre linda e torna o trajeto mais agradável
ainda.
Nosso contrato do carro era até às 8h da manhã do domingo.
Como chegamos de Genève por volta das 2h da madrugada, não estávamos nem um
pouco animados a madrugar no domingo pra devolver o carro. Então, deixamos lá
quando chegamos. Afinal, o processo de devolução segue a mesma filosofia da
retirada: tudo por sua conta, na confiança suíça. Abastecemos em um posto
também automático (você faz tudo) e deixamos o carro na locadora, tudo na mais
perfeita segurança e tranquilidade. Detalhe: a locadora fica a duas quadras de
casa, outro conforto para nós.
Mais uma vez, me deu foi uma vontade danada de que meu avô
ainda estivesse vivo para ouvir mais essa história. Ele certamente ficaria admirado
e perguntaria várias vezes: “Mas então, não tem ninguém pra entregar nem pra
receber o carro? Você faz tudo sozinho? Pela madrugada! Impressionante! Que que é isso,
Fernanda!” Como infelizmente não tenho mais ele aqui pra contar isso tudo,
conto pra vocês aqui no blog e termino o texto com aquele nozinho na garganta e
uma baita vontade de chorar de saudades... Mas... Voilà!
Nem me fala, Fer! O seu nó chegou aqui...rsrs
ResponderExcluirEle ia ficar admirado! Ia comentar essa história por dias e dias e dias...rsrs
Ai que saudade dele! Ai que saudade docê!
amooo
Pois é, gatinha... direto me pego pensando nas reações dele ao contar qualquer coisa daqui... ele era único mesmo e por isso nos deixou tanta saudade! Ainda bem que temos as boas e doces lembranças! Tb amo mto você!
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