sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Quinto dia*: Cascia de Santa Rita

Toda a viagem para Roma tinha esse objetivo: realizar um sonho de menina. Sou nascida em uma cidade chamada Cássia que tem como padroeira Santa Rita, a Santa das causas impossíveis. Cresci ouvindo as histórias da vida da Santa e cultivei por ela uma grande devoção. Para tudo, TUDO em minha vida, peço a intercessão de Santa Rita. E sempre sonhei conhecer a cidade em que ela morou e o convento onde ela viveu, passar por onde ela passou. Conhecer o verdadeiro cenário das histórias que ouvia quando criança, tanto em casa como nas missas e na catequese... Deus me presenteou com um marido que, sabendo desse sonho, programou para nós essa linda viagem! E nesse post divido um pouquinho dessa experiência com vocês.

Não tenho como descrever a emoção que foi chegar a Cascia. Mais emocionante ainda ver o corpo incorrupto de Santa Rita, visitar o mosteiro, ouvir novamente sua história (mesmo sendo em italiano, dessa vez), caminhar por onde ela caminhou... É impossível que as fotos revelam o que senti... Mas foi mágico! Tão mágico que dois meses depois eu voltei para levar minha família (vou contar isso futuramente).

Bem, nesta nossa primeira ida à Cascia, nos aventuramos de carro mesmo. GPS em mãos e lá fomos nós! Dirigir em Roma é uma aventura – aviso para quem quiser fazer qualquer passeio saindo de lá com o carro. O trânsito é intenso e os italianos são bem, digamos, apressadinhos. Mas sobrevivemos à tensão. A estrada que usamos também foi bem tensa, com muitas curvas (descobrimos, dois meses depois, outro caminho mais agradável). Mas acho que cada detalhe foi importante para chegar ao destino e ver meu sonho realizado. Foi um dia de muitas bênçãos e alegrias. Deixo as fotos que mostram um pouquinho dessa emoção. E a história de Santa Rita para aqueles que, por acaso, não a conhecem. Voilà!





História de Santa Rita (resumo tirado do site http://www.igrejaparati.com.br)

Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora. Desde jovem, Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre, mas de temperamento excessivamente violento.  Ela suportou pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele tinha muitos inimigos, foi assassinado. A viúva suportou a dolorosa perda, perdoando os assassinos. Porém, crescia em seus filhos o desejo de vingança. Rita pediu que Deus os levasse, pois seria melhor que outra tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre para dedicar-se a Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas Agostinianas da cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então, ela transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das religiosas. Uma noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua porta e uma voz lá de fora dizia: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e viu em sua frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas estarem fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois desapareceram. A superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina. As religiosas decidiram por unanimidade que a viúva fosse recebida. Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração. Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo.    Um dia uma parente foi visitá-la, ela agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe trouxesse algumas rosas do jardim. Como era inverno e não tinha rosas, pensaram que Rita estava delirando e sua visitante não ligou para seu pedido. Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e morreu em 22 de Maio de 1457. No dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa.

Mais sobre a vida e história de Santa Rita em:

*Viagem realizada entre os dias 17 e 22 de abril de 2014. 

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