quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A tendência dos lenços

O fim do verão se aproxima aqui na Europa e em Vevey isso já é perceptível: a temperatura mudou bastante essa semana e o vento está mais frequente. Logo entraremos no outono, que irá nos preparar para o inverno. Com isso, os estilos de roupas também começam a mudar. As vitrines da lojas já trazem casaquinhos, coletes e algumas malhas. E uma peça que aparece em diversos looks é o lenço.

Gosto muito dos lenços e suas variações de tamanhos e estampas. Se bem usado, ele transforma um look básico em um look sofisticado. Tenho vários, mas direto me pego pensando em como usá-los de maneira diferente. Como sei que agora vou usar bastante essa peça (no inverno os lenços dão lugar ao cachecol), dei uma pesquisada em diferentes formas de compor um look com lenço. Separei então, para o blog,  dois vídeos que gostei muito, pois ensinam formas super lindas e fáceis de fazer.

O primeiro vídeo é o meu preferido! A mulher tem uma facilidade com os lenços e echarpes que fiquei com vontade de tê-la em casa sempre que for sair. Como isso não é possível, o vídeo fica na pasta dos favoritos para consultas futuras. Fica a dica!


O segundo vídeo também traz uns modelinhos bem sofisticados que gostei muito. Adorei o último, que ela usa dois lenços diferentes. Achei lindo!


Bem, peguei os dois vídeos no youtube, onde vocês podem encontrar vários outros. Como disse, esses dois foram os meus preferidos. Espero que vocês também gostem das dicas e possam usar e abusar dessa tendência da moda, mesmo as meninas que estão no Brasil. Afinal, o lenço é perfeitamente aceitável no final do inverno e início da primavera, momento que vocês estão vivendo. Sem contar que o lenço na cabeça vem com tudo para o verão. Como ainda não aderi a moda, não pesquisei essa maneira de usar os lenços. Fica para uma próxima, ok? E voilà!
 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cabelo de salão de beleza

Outro dia coloquei uma foto no instagram e matei a turma de curiosidade. Tirei um foto do meu cabelo e disse que tinha acabado de escovar. Algumas amigas queriam saber quem fez, outra disse que o marido ajudou, mas acreditem, fiz tudo sozinha. Nada de salão, nada de ajuda do marido.

Como hoje fiz outra vez, resolvi revelar aqui o meu segredo. Uma mulher não pode revelar todos os seus segredos, mas esse é um segredinho de utilidade pública feminina, como costumo dizer. Eis como ficou meu cabelo hoje:



Parece que acabei de sair do salão, certo? Mas não. Fiz em casa mesmo. Bem, trata-se do resultado de uma das aquisições mais preciosas que fiz aqui na Suíça: uma escova giratória. Já tinha visto no Brasil, minha irmã até comprou uma no final do ano e amei quando usei. Mas não comprei antes porque era uma coisa a mais pra carregar na mala. E como já comentei, resumir a vida em duas malas de 32 kg não é tarefa fácil. Então comprei aqui. E estou amando! É como ter um salão em casa! Ela é super prática e fácil de usar. No Brasil, sei que existem de várias marcas, inclusive conhecidas (não lembro qual é a da minha irmã, mas...). A minha é de uma marca que não conheço, deve ser daqui, mas estou satisfeita. Ei-la:



Agora uma dica importante: escovar o cabelo com frequência requer cuidado. Hidratação é tudo! Meu cabelo já é de mechas (só pra destacar meu loiro natural... hahaha), então o cuidado tem que ser dobrado. Claro que me encarreguei de me equipar aqui. Uso shampoos para cabelos com mechas e de boas marcas (um deles, da linha Lumino Contrast da L'Oréal, que já usava no Brasil). Mas só isso não é suficiente. Então, eis os meus produtinhos parceiros:


O primeiro é a máscara de hidratação também da linha Lumino Contrast. Uso pelo menos uma vez por semana e, a cada 15 dias, deixo uns 20 minutos. O segundo produto eu passo antes de secar, pois ele protege o cabelo (também da L'Oréal, Thermo Cell Repair). Os outros dois são óleos, o grande também da L'Oreal (Mythic Oil) e o menor é da Lanza. Uso ambos, mas de forma intercalada. Eles são para depois da escova, pra abaixar os fios que ficam mais rebeldes, elétricos.

E é isso! Segredo do cabelo de salão revelado. Escova e produtos super recomendados, onde quer que você esteja, mas principalmente fora do Brasil, onde salão é sempre mais caro. E ninguém merece cabelo desarrumado, não é mesmo? E não, a L'Oréal não patrocina esse post. Uso e recomendo os produtos porque gosto mesmo! Até a próxima e... voilà!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Trem de Chocolate

Um passeio que me chamou a atenção em uma das minhas primeiras pesquisas de "viagem pela Suíça" foi o Trem de Chocolate. Li sobre ele no blog Viaje comigo, amigo - meu blog preferido para consultas de viagens (até fiquei amiga virtual da Karla Gê, a fofa que escreve esse blog delicioso de seguir!). Bem, quando li sobre o Trem do Chocolate no blog da Karla, fiquei louca pra fazer. Primeiro porque ela conta do passeio de uma forma tão gostosa que dá vontade de seguir todo o trajeto dela. Segundo porque ela foi duas vezes - o passeio só podia ser maravilhoso! E terceiro porque... como um passeio que leva chocolate no nome pode ser ruim???

Sendo assim, tratei de fazer as nossas reservas assim que pude ainda para o mês de agosto. Explico: o trem de chocolate não funciona entre novembro e abril, mas somente de maio a outubro às segundas, quartas e quintas. Como julho e agosto são meses de alta procura, ele é diário. E para ter a companhia do marido, tinha que ser final de semana, certo? Portanto, só nos restava o mês de agosto. Compramos logo no início do mês para o dia 24. Vale ressaltar que os lugares já estavam quase todos ocupados, o que mostra a importância de comprar antes e não deixar para a última hora. O passeio não é tão barato, mas vale o que se paga. São 99 francos suíços (crianças e portadores do Swiss Pass têm desconto), e há algumas "regalias" inclusas. Vou destacar os pontos importantes a seguir com os benefícios do passeio, certo?

Bem, minha primeira dica é essa acima: comprar com antecedência, pois é muito mais tranquilo chegar ao local já com as passagens em mãos. A compra pode ser feita pelo site da Golden Pass e o trem parte pontualmente às 8h57 da estação de Montreux. E o charme do passeio já começa aí: o trem é panorâmico e tem um estilo Belle-Époque, com poltronas acolchoadas, um bar-restaurante em um dos vagões (nós fomos exatamente nesse) e um glamour daqueles filmes ou livros antigos, tipo Assassinato no Expresso Oriente, da Ágatha Christie. Enfim, o trem por si só já é um charme!



Daí em diante o passeio só encanta mais ainda, pois o trajeto percorrido também é imagem de cinema. As fotos não saem tão boas quanto a gente deseja, mas dá pra se ter uma pequena noção do que estou falando: lago, montanhas, campos maravilhosos, tudo na mais perfeita combinação que o cenário suíço pode oferecer.




O dia estava nublado (mais tarde veio a chuva), mas ainda foi possível pegar um pouquinho do sol que não sabia se ficava ou não no céu. Deu até foto artística:


Bem, o trem para algumas vezes por causa do tráfego nas linhas ferroviárias e isso ajuda um pouco com algumas fotos, mas nem sempre você está do lado certo da paisagem, que muda de lado toda hora. Já na partida, um gostoso café é servido: um croissant au chocolat (meu preferido) e a bebida de sua preferência: café, chá, achocolatado. Não tenho preferência por chá, mas foi a minha pedida, temendo a dor de barriga que o achocolatado poderia causar. Ah! Um pequeno tablete de chocolate é servido também nesse momento. Esse café está incluso no preço do passeio.

A primeira parada acontece depois de mais ou menos uma hora de viagem e é na Maison du Gruyère, uma pequena fábrica do famoso queijo gruyère, uma especialidade suíça. Confesso que achei a visita da fábrica meio sem graça, mas é no mínimo interessante observar o processo de fabricação de um queijo que custa tão caro por aqui - e o processo de maturação nos faz entender porque ele é tão caro! Na entrada da fábrica, cada visitante recebe um pacotinho com os três principais tipos do famoso queijo: cada um fica, respectivamente, 6, 8 e 10 meses em um cave para chegar ao sabor desejado. E eu, que nem gostava de queijo quando criança, me deliciei com os três tipos: um mais perfeito que o outro. 



Saindo da fábrica de queijos, pegamos um ônibus para a próxima parada: a cidade de Gruyère. Um vilarejo, na verdade, mas um lugar tão charmoso que fiquei com vontade de ficar lá até o fim do dia. Ali, fizemos a visita ao castelo e almoçamos o famoso Raclette, uma especialidade com queijo que parece o conhecido fondue, mas é ainda melhor (e mais fácil de administrar). A entrada ao castelo também está embutida naqueles 99 francos. Confesso que teria ficado mais impressionada com o Castelo se não tivesse ido ao Chilon, de Montreux. Mas o de Gruyère não deixa de ter suas particularidades, como uma mão cortada de múmia egípcia e um jardim lindo que, mesmo com a chuva - que chegou bem naquela hora, valeu a visita.








Depois de um tempo para passear e almoçar em Gruyère, o ônibus segue para a cidade de Broc, onde fica uma das mais antigas fábricas de chocolate da Nestlé, a Nestlé-Callier. Aqui cabe uma interessante curiosidade: a Callier era uma conhecida fábrica de chocolates suíços, mas ainda não fabricava chocolate ao leite, somente o amargo. Foi quando Henri Nestlé sugeriu que colocassem o leite condensado no chocolate amargo e assim nasceu o chocolate ao leite que tanto gostamos - devemos essa aos suíços!

A visita à fábrica é literalmente uma delícia. O fato de ir com o grupo do Trem de Chocolate agiliza a entrada. Não sei se porque era sábado, mas o saguão de entrada estava lotado e era quase impossível circular com tranquilidade. A visita tem algumas animações e conta a história do cacau, do chocolate, enfim, são 20 minutos de história do chocolate Nestlé. Mas vamos a parte que interessa, porque o post está ficando gigante: a degustação. Sério, nunca me imaginei rejeitando chocolate. Mas são tantos sabores para experimentar que, no final da visita, passei a última bandeja. Não dava mais. E aqui vale uma dica preciosa que graças a Deus tivemos antes de ir: não entre para a degustação sem uma garrafinha d'água. Depois do terceiro chocolate, você vai querer beber água pra continuar experimentando e, se não tiver, vai parar antes de degustar os mais deliciosos sabores da Callier-Nestlé.



Outro detalhe importante: muita atenção a todos os sabores, pois na saída tem a lojinha e você pode comprar aqueles que mais gostar. E vale a pena, pois algumas caixinhas ficam em preços promocionais. Claro que fizemos nossas comprinhas na saída para esperar o horário de retorno. No horário combinado, o trem estava esperando na estação de Broc. E aí foi só apreciar a paisagem de volta para Montreux, onde chegamos às 18h e já conseguimos um trem para Vevey.

Bem, peço desculpas pelo tamanho do post, mas a delícia do passeio me empolgou para escrever e mostrar os mínimos detalhes. O que posso dizer para terminar é que o Trem de Chocolate é tão perfeito que nem a chuva conseguiu estragá-lo. Foi um dia delicioso - em todos os sentidos, como já havia me avisado a querida Karla. Certamente, ainda vou repetir a dose durante essa temporada na Suíça. Voilà!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Exposição aérea

Sábado passado fomos a um evento típico suíço. Bem típico na Europa, na verdade, considerando que outros países também realizam eventos semelhantes. Trata-se de uma exposição aérea que aconteceu em um aeródromo próximo a Genève. 

Foi um casal amigo nosso (brasileiros) que nos convidou - ele é apaixonado por aviões e estava animadíssimo. Nós fomos mais pela companhia mesmo, e valeu a pena. Primeiro porque a exposição é cheia de atrações com apresentações de vários aviões, inclusive de guerra. E segundo porque, depois que saímos de lá, fizemos um delicioso passeio pelo lago, tomamos um sorvetinho e viemos pra casa jogar X-box - e nos divertimos muito! Tanto que já estamos combinando repetir a dose!


Mas vamos falar da exposição. Não é um evento de muito conforto, considerando que é tudo aberto, fazia um calor danado e não havia muitas opções de sombra e água fresca. Nossa aventura já começou no caminho. Fizemos parte do trajeto até lá de trem (pegamos 2 trens diferentes), seguimos uns 3 minutos de ônibus - que nos deixou no ponto mais próximo - e completamos o trajeto com uns 20 minutos de caminhada. Esses 20 minutos de caminhada foram os mais tensos da minha vida. A estradinha era bem deserta, não tinha calçada e era repleta de curvas. Mas sobrevivemos. E a paisagem valeu a pena.


Pra completar um pouquinho a tensão, quando estávamos já entrando no aeródromo, um avião quase pousou na nossa cabeça. Sem brincadeira! Estávamos atravessando uma ponte - caminho indicado por um dos seguranças. De repente, percebemos que os carros pararam de atravessar. Foi quando escutamos o segurança dizer: "Pressez vous" - que quer dizer: Apressem-se! Achamos que era para que os carros pudessem passar e apertamos o passo. Quando terminamos de atravessar e olhamos pra trás, o que vimos foi esse lindo avião pousando (não me lembro se ele é da 1a ou 2a guerra, mas isso pouco importava naquele momento, certo?).


Ufa! Foi por pouco! Bem, daí pra frente, tratamos de ficar um pouquinho mais distantes da pista de pouso e aproveitar o dia. Como já disse, o calor era quase insuportável, mas os suíços pareciam não se importar. Afinal, quando chega o inverno, sol como o daquele dia é artigo de luxo! Assistimos às apresentações e aproveitamos a companhia dos amigos. A apresentação mais legal foi a de um helicóptero - também de guerra. Ele faz manobras simplesmente inacreditáveis! Detalhe: ao som de música francesa - essa é a parte estranha, podemos dizer. É que ainda não consegui me acostumar com a música francesa, mas tudo bem. Ficou pior quando resolveram colocar música alemã durante uma outra apresentação.


Bem, este aí em cima é o helicóptero que falei. E estava me esquecendo de um detalhe importante: ele faz todas as manobras radicais com pessoas lá dentro - que pagam para isso. Sim, deve ser mais emocionante que montanha-russa. Mas eu passei a experiência. Quem sabe de uma próxima vez...

Bem, como o calor foi ficando quase insuportável, resolvemos deixar o local e procurar algo mais refrescante: sorvete no lago. Claro que, antes de sair, fomos fotografar nosso amigo vermelhinho mais de perto. E não, não voltamos pela mesma estradinha. Agora estávamos de carona com nossos amigos. Ufa de novo!

Mas o melhor do dia ainda foi a sessão X-box aqui em casa. Quando repetirmos a dose, quem sabe não coloco detalhes aqui. Até a próxima e... voilà!

Um mês de vida do blog!!!

Ontem, dia 22, o blog completou 1 mês de vida. E resolvi fazer um levantamento dos acessos e curtidas na fanpage. O resultado está na imagem aí embaixo (minha primeira criação de imagem, olhem só!!!).


Obrigada a todos pelo carinho durante este primeiro mês de blog!

Estou amando dividir minhas aventuras e sentimentos com todos vocês! Cada mensagem e comentário que recebo me deixa ainda mais feliz! Obrigada mesmo! E vamos com tudo para o segundo mês! Daqui a pouco tem post novo! Voilà!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

E pra não parecer mentira...

E pra não parecer que é mentira o que falei das paisagens durante a viagem de carro, vou fazer mais um post fotográfico. Dessa vez, os melhores registros que consegui enquanto nos aventurávamos pelas estradas da Suíça. Voilà!












Alugando carro



Oi, pessoal! Que saudades de escrever aqui... A internet não colaborou esses dias e fez com que a frequência de postagens não ficasse como eu gostaria... mas vamos lá, ela finalmente voltou de férias e agora eu tenho condições de retornar com minhas postagens. E essas últimas semanas estão recheadas de acontecimentos dignos de relatos.


Bem, primeiramente vou comentar sobre o aluguel de carros na Suíça, pois mencionei por alto no post dos Fogos de Genève, mas não tive a chance de falar tudo aqui.


Como já mencionei, optamos por não ter carro aqui em Vevey, pois, pelo menos por enquanto, não estamos vendo necessidade. Tudo é perto, caminhar pelas ruas da cidade é uma delícia e o transporte público funciona. Sem contar que as despesas com carro aqui são bem diferentes do Brasil. O seguro é obrigatório (e não é nada barato), as garagens são pagas e, por causa do inverno, é preciso ter dois tipos diferentes de pneu, pois quando neva o pneu comum não circula. Com tanto trabalho pra se ter um carro e os benefícios de não se ter, optamos pelo não.


Mas em alguns momentos o carro se faz necessário, certo? Foi o caso do final de semana que começamos a mudança. Os móveis nós compramos e contratamos a entrega. A montagem vocês acompanharam um pouco como foi (nós montamos tudo!). Mas todo mundo que já montou uma casa sabe que não só de móveis ela sobrevive. Panelas, pratos, toalhas, roupa de cama, edredons (muito necessários daqui uns dias), travesseiros... enfim, muitas miudezas precisavam ser adquiridas, já que não trouxemos nadinha do Brasil. E convenhamos que carregar isso tudo em sacolas no trem nos forçaria a ir às lojas umas 5 vezes, no mínimo. Então, alugamos um carro para o final de semana. Pegamos no sábado de manhã e devolvemos assim que chegamos de Genève, vocês já vão entender o porquê.


Bem, fizemos a reserva com bastante antecedência (no final de semana anterior tentamos alugar na sexta e não havia carros disponíveis mais) e no sábado de manhã fomos até lá retirar. Tínhamos recebido uma senha para a retirada e um colega brasileiro havia nos adiantado a maneira. Simplesmente inacreditável! Bem, chegando ao local, você se depara com uma caixinha, tipo caixa de correio, onde você digita a senha recebida. Ao digitar a senha, um dos compartimentos da caixinha se abre e lá está a chave do carro que você vai usar com uma etiqueta contendo a placa. Depois você se dirige ao estacionamento – que é aberto, localiza o carro, e lá dentro está o contrato de locação com os campos de vistoria que você mesmo irá preencher. Dá pra acreditar? É muita confiança no consumidor, concordam? Ficamos admirados! E o Júlio já alugou carro em outros países e nunca foi assim.


Pra completar nossa alegria, tínhamos alugado o carro mais barato, o mais simples possível. No Brasil, quando você aluga o carro mais simples da locadora, pode esperar um carro popular 1.0, sem ar condicionado e sem nenhuma “frescura”. E não paga barato não. Aqui, o carro mais barato custa 68 francos a diária, e nos deparamos com um Renault Clio super bonitinho – modelo que não chegou ao Brasil – todo equipado: ar condicionado, direção hidráulica, GPS integrado, vidro elétrico... até piloto automático o danado tinha.


Fizemos nossas comprinhas, lotamos o porta-malas e o banco de trás, trouxemos em casa e aproveitamos o carro pra ir assistir aos fogos de Genève. O passeio pela estrada valeu a pena também, pois como já tínhamos visto de trem, a paisagem ao redor é sempre linda e torna o trajeto mais agradável ainda.


Nosso contrato do carro era até às 8h da manhã do domingo. Como chegamos de Genève por volta das 2h da madrugada, não estávamos nem um pouco animados a madrugar no domingo pra devolver o carro. Então, deixamos lá quando chegamos. Afinal, o processo de devolução segue a mesma filosofia da retirada: tudo por sua conta, na confiança suíça. Abastecemos em um posto também automático (você faz tudo) e deixamos o carro na locadora, tudo na mais perfeita segurança e tranquilidade. Detalhe: a locadora fica a duas quadras de casa, outro conforto para nós.


Mais uma vez, me deu foi uma vontade danada de que meu avô ainda estivesse vivo para ouvir mais essa história. Ele certamente ficaria admirado e perguntaria várias vezes: “Mas então, não tem ninguém pra entregar nem pra receber o carro? Você faz tudo sozinho? Pela madrugada! Impressionante! Que que é isso, Fernanda!” Como infelizmente não tenho mais ele aqui pra contar isso tudo, conto pra vocês aqui no blog e termino o texto com aquele nozinho na garganta e uma baita vontade de chorar de saudades... Mas... Voilà!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Reflexões pós 1 mês



Depois de um pequeno desaparecimento, estou de volta. E antes de tudo, vamos esclarecer porque eu sumi. Esses dois últimos dias foram de dedicação intensiva à mudança. Combinamos de entregar o outro apartamento no dia 18/08, o que nos forçou a acelerar as coisas nessa semana. Ainda faltavam alguns detalhes de montagem em casa, sofá pra chegar, itens de utilidade doméstica que ainda não tínhamos comprado... enfim, coisas pequenas que exigem tempo e dedicação. Portanto, desde terça-feira que estou a mil com comprinhas (chato isso, viu? Rsrs) e numa maratona louca para levar nossas coisas para a casa nova. Mas vencemos! Ontem nos instalamos definitivamente no nosso novo lar suíço! Mas como nem tudo é perfeito, a internet, que havia sido instalada no final da semana passada, resolveu tirar férias e não está funcionando, o que foi mais um impedimento para minhas postagens. Como hoje tinha uns últimos detalhes para acertar no apartamento antigo, aproveitei a vinda aqui para usar a internet e postar. Agora é esperar a Suisscom colaborar conosco e trazer minha santa e fiel companheira de volta.

Explicações dadas, vamos ao post de hoje. Ontem, dia 15 de agosto, completei exatamente 1 mês de vida na Suíça. Em meio às compras e montagens do apartamento, fiz uma reflexão que resolvi dividir aqui. Posso dizer que vivi um mês muito feliz. Talvez um dos meses mais felizes da minha vida. E olha que já tive os momentos nostalgia (é só reler tudo o que senti no dia dos fogos em Genève). Mas tem sido um tempo feliz, um tempo de graças. E conheço pessoas que, na mesma situação em que me encontro, não têm esse sentimento. Ou demoraram muito para aceitar a nova realidade. Então não vale dizer que “é claro que você está feliz, está morando na Suíça e só aproveitando a vida”. Sim, estou aproveitando a vida. Mas porque, desde que cheguei aqui, eu me fiz um propósito: aproveitar o tempo que tenho e agradecer a Deus por essa oportunidade.

Todos os dias, quando eu acordo, eu tenho duas alternativas:

a) Ficar em casa, chorar de saudades e me lamentar por tudo o que deixei no Brasil (família, amigos, emprego, carreira...)
b) Sorrir para a vida, sair de casa e ampliar meus horizontes: conhecer pessoas, lugares, cultura, aprender outra língua... enfim, dar oportunidade para a felicidade me acompanhar.

E adivinhem qual escolha eu faço? Fácil! É claro que é a segunda alternativa! E isso não quer dizer que eu não sinta falta de todos os itens enumerados na alternativa A (sinto falta de todos eles e mais um pouco). Mas ficar me lamentando não vai ajudar em nada. Então eu escolho ser feliz! E isso foi assim em todas as mudanças pelas quais já passei. E quem me conhece sabe que não foram poucas. Minha irmã me escreveu no meu aniversário deste ano que estou sempre de malas prontas... acho que é mais ou menos isso. Tenho as malas prontas para o que a vida me oferece. Não tenho medo do novo. E sempre me proponho ser feliz... e mais nada!

Sei que quando o inverno chegar, algumas dificuldades virão. Mas eu sempre terei as duas alternativas...
Por tudo isso, digo para quem estiver em situação parecida, seja mudando de cidade, estado ou país... Todos os dias, você terá duas escolhas. Pense bem qual delas você quer... Tem gente que, mesmo sem mudança nenhuma na vida, escolhe se lamentar pelo que passou, pelo que perdeu, por aquilo que não fez... Que pena! A vida passa rápido e o mundo está cheio de coisas boas pra gente viver e experimentar. E não é preciso estar na Suíça pra viver assim.

Sorrir para a vida faz bem. Experimente! Todo amanhecer é uma oportunidade que Deus nos dá para ser feliz. É só começar!

E pra terminar, vou deixar dois trechos de textos que gosto muito. Como ambos circulam pela internet, não tenho certeza se as autorias são verídicas, mas... fazem parte da minha lista de textos preferidos. O primeiro é atribuído a Luís Fernando Veríssimo. O segundo, a Pablo Neruda. Vale refletir sobre eles... E voilà!




terça-feira, 13 de agosto de 2013

Fogos de Genève: um espetáculo à parte!


Desde que cheguei aqui na Suíça e comecei a pesquisar sobre as cidades ao redor de Vevey, fiquei louca para assistir à Festa de Genève. Depois que fui até lá e conheci o Jat d’eau então, essa vontade só aumentou. Os famosos fogos que celebram a festa da cidade me convidavam a presenciá-los.


Genève está entre as 4 maiores cidades da Suíça e é, além de tudo, um dos Cantões suíços, abrigando outras 45 comunas (já falei dos cantões e comunas em outro post, certo?). Como cantão, a cidade se dá ao direito de não celebrar a Festa Nacional no dia 1º de agosto. Ela começa a festa alguns dias depois e não poupa fogos de artifício para tal. Neste ano, a festa começou no dia 3 de agosto e teve seu encerramento no dia 10 (me parece que essas datas variam, para acontecer de sábado a sábado). No dia de início, a queima de fogos dura 20 minutos. No encerramento, 55 minutos de fogos com fundo musical. E os fogos acompanham o ritmo da música! Um verdadeiro show!


Fiquei pensando por um tempo em como descrever esse momento aqui no blog. Lá, enquanto assistia, me lembrei de uma cena do filme Gênio Indomável. Na cena, o psicanalista vivido por Robin Williams diz ao personagem de Matt Damon (Will) algo sobre a Capela Sistina que caberia aqui perfeitamente. Depois de Will ser extremamente arrogante em relação a um quadro de Sean (Williams), o psicanalista começa sua fala assim (uma das melhores cenas do filme, na minha opinião): “Então se eu te perguntasse sobre arte, provavelmente você me daria o resumo de todo livro de arte já escrito. Michelangelo, você sabe muito sobre ele. Trabalho, aspirações políticas, ele e o papa, orientação sexual, a coisa toda, certo? Mas aposto que você não sabe qual é o cheiro da Capela Sistina. Você nunca ficou ali e encarou aquele teto lindo; eu já.”


É exatamente assim que me sinto. Eu poderia relatar aqui todas as minhas sensações: as lágrimas que me escorreram durante a primeira música seguida dos fogos, a vontade de ter todas as pessoas que amo ali comigo, naquele momento... as saudades de quem está longe, de quem já se foi... o pensamento agradecido a Deus por me proporcionar tamanha beleza... a brisa leve que batia no meu rosto enquanto presenciava um dos maiores espetáculos da minha vida. Ainda assim, queridos leitores, vocês só saberiam dessas sensações se estivessem ali, vivendo aquele momento. Sentindo o cheiro, ouvindo os estouros junto com as músicas, vendo a magia das cores que se misturavam e pareciam dançar pelo céu de Genève. Na música de encerramento, o misto de fogos e água do jato que só foi ligado naquele momento. Uma imagem que guardarei para sempre em minha memória!


Na impossibilidade de descrever tanta emoção, tanta beleza, fiz alguns vídeos já na intenção de postar aqui. Ideia genial da Hby Andrade quando contei por mensagem que estava indo pra lá. Os vídeos dão pra ter uma noção – pequena – da dimensão de toda essa maravilha. Mas um aviso é importante: os mais belos momentos eu não filmei. Afinal, não sabia se estava em Genève ou em um filme do Harry Potter no momento geminialidades Weasley (nem sei se escrevi certo!). Apenas aproveitei e guardei no meu coração. Não dava pra filmar e sentir aquilo tudo ao mesmo tempo. Sorry!


Bem, me empolguei tanto com esse post que estava me esquecendo de contar alguns detalhes importantes. O espetáculo acontece ao redor do lago, a céu aberto e qualquer um pode assistir, certo? Mas eles organizam alguns setores privados para quem quiser um pouco mais de conforto. Como não sabíamos como funcionava, quando vimos a venda de ingressos pelo site de divulgação, compramos o setor da Ponte du Mont Blanc. Pagamos 50 francos cada, mas digo que vale o ingresso. Ali você fica sentado e pode contemplar tudo sem se sentir numa lata de sardinha – o que era a impressão que dava ao olhar quem estava do lado de fora (embora durante os fogos, não se ouvia um ruído). Havia setores mais caros (60 e 70 francos, mas quanto a isso não vi diferença). Na minha opinião, vale pagar pelo conforto, já que realmente os comentários da festa não mentem: pessoas do mundo inteiro estão ali para ver. A apresentação contempla vários idiomas e é possível você perceber em volta as diferentes nacionalidades. Tirei uma foto quando chegamos e acreditem: quando saímos tinha ainda mais pessoas ao redor. E mais uma vez tiramos o chapéu para a organização e educação do povo suíço: nenhum tumulto, nenhuma bagunça. Tudo na mais perfeita harmonia que a belíssima apresentação merece.




Outro detalhe que acho importante ressaltar para quem um dia vier é que não vale a pena ir de carro. Disso nós nos arrependemos. Como tínhamos alugado carro para fazer as compras da casa nova, aproveitamos e fomos nele pra Genève (o que dá outro post mais adiante). Chegamos à conclusão de que, ano que vem, iremos de trem mesmo. Pegamos muito engarrafamento e custamos a encontrar um estacionamento com vagas disponíveis. Depois de muita procura e oração, encontramos um até bem localizado e que não ficou caro (4 francos por mais ou menos 3 horas). Mas serviu de experiência: ano que vem, dando tudo certo, iremos de novo. Dessa vez, no bom e velho trem. 
Bem, acho que as fotos e vídeos falam mais que isso tudo aí em cima. Aproveitem e... voilà!




 


PS: Vale ressaltar que não sou muito boa em filmagens! :)